
de palavras ao vento,
que me levaria à margem do que já estava feito.
Mas a realidade redemoinhou
e afogou no meu sono,
minha barca comigo dentro.
Através de poemas tentei amar,
fácil e covardemente,
como se fosse válido lapidar uma jóia
que não era só minha.
Confesso que remei sem os remos.
E encontrando um tufão,
dancei sua música sozinho.
...Enquanto afogo-me.
No continente meus poemas são lidos
e não os entendem...
(23 e 24/05/98)